sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

"Eu Sou Carlos Imperial", filme de Renato Terra e Ricardo Calil, resgata personagem fundamental para a cultura brasileira

Documentário sobre o polêmico Rei da Pilantragem estreia em 17 de março


Carlos Imperial revelou grandes artistas, como Roberto e Erasmo Carlos, Tim Maia e Wilson Simonal. Compôs canções de sucesso, como “A praça”, “Vem quente que eu estou fervendo”, “Mamãe passou açúcar em mim” e “Nem vem que não tem”. Foi apresentador de TV, atuou em cinema e fez sucesso até na política.

Mulherengo ao extremo, malandro e inteligente, Imperial muitas vezes criava factoides para promover seus trabalhos e conquistar espaço na mídia. Empenhou-se em criar uma figura pública de cafajeste. Por muitos anos, ficou conhecido, por exemplo como “homem vaia” nos programas de auditório.

A trajetória do rei da pilantragem, contada no filme "Eu Sou Carlos Imperial" por meio de seu peculiar filtro brincalhão, mulherengo e polêmico, chega aos cinemas em 17 de março. Verdades e mentiras, ficção e realidade, depoimentos documentais e outros encenados ficam embaralhados. No documentário sobre Imperial, assim como em sua vida, a "pilantragem é a apoteose da irresponsabilidade consciente”.

Roberto e Erasmo Carlos, Eduardo Araújo, Paulo Silvino, Tony Tornado e Dudu França são alguns dos artistas que falam sobre o polêmico encrenqueiro no filme. O documentário traz ainda alguns dos maiores sucessos de Imperial, cenas de seus filmes, imagens de seu arquivo pessoal e uma entrevista inédita concedida a Paulo César de Araújo.

Baseado na biografia "Dez, nota dez - Eu Sou Carlos Imperial", de Denilson Monteiro, o filme foi dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, mesma dupla de “Uma Noite em 67” (2010), filme que foi visto por 80 mil pessoas no cinema e se tornou o documentário brasileiro de maior público no ano de seu lançamento. Terra dirigiu também “Fla x Flu - 40 Minutos Antes do Nada” (2013), premiado como melhor documentário do Festival do Rio pelo júri popular.

A produção é da Afinal Filmes. Especializada em pós-produção de documentários, é responsável pelos filmes “As Canções” (2011), de Eduardo Coutinho e “A Música Segundo Tom Jobim” (2011), de Nelson Pereira dos Santos além de outros títulos como “A Floresta Que se Move” (2015), de Vinícius Coimbra e “Frente Fria” (2015), de Neville D`almeida” e as séries de TV “Cilada”, “As Canalhas” e “Conexões Urbanas”, entre outros trabalhos. Em “Eu Sou Carlos Imperial”, a Afinal Filmes estreia na produção para cinema.

O Canal Brasil foi coprodutor do filme, que recebeu patrocínio da RioFilme. A distribuição é da Bretz Filmes.

Para financiar o lançamento, os diretores e a produtora Afinal Filmes bolaram um crowdfunding no espírito Imperialesco: numa brincadeira com a venda antecipada de ingressos do filme Os Dez Mandamentos, foram criados "Os Dez Mandamentos de Carlos Imperial", todos pecaminosos, entre eles: "Amai as lebres sobre todas as coisas" e "Honrarás o papai-mamãe". A lista completa e o financiamento coletivo podem ser acessados em  https://www.catarse.me/eusoucarlosimperial.

Carlos Imperial
Nascido em Cachoeiro do Itapemirim (ES), mas considerado uma das principais encarnações do cafajeste carioca, Carlos Imperial (1935-1992) lançou alguns dos maiores artistas da música brasileira, compôs várias canções de sucesso, foi pioneiro do rock no país, apresentador de TV, colunista de jornal, ator e diretor de cinema, produtor teatral, dirigente de futebol, vereador e candidato a prefeito no Rio e incentivador do carnaval carioca (celebrizando o bordão “Dez! Nota Dez!” na leitura das notas para as escolas), entre inúmeras atividades. Ficou famoso como grande polemista, um sujeito encrenqueiro, cafajeste e politicamente incorreto, que se orgulhava de ser chamado de “O Gordo”, “o rei da pilantragem”, “homem vaia” e “o grande vilão da TV”. Imperial era também um mentiroso profissional, com um talento especial para inventar histórias que ajudavam a promover seus discos, filmes, peças e outros trabalhos.

Os diretores
Renato Terra
Formado em publicidade na PUC-Rio, dirigiu, com Ricardo Calil, o documentário “Uma Noite em 67” (2010). Terra dirigiu também “Fla x Flu - 40 Minutos Antes do Nada” (2013), premiado como melhor documentário no Festival do Rio pelo júri popular. Atualmente, trabalha na revista Piauí, onde é responsável pelo Diário da Dilma e pelo blog the Piauí Herald. É também autor dos livros “Uma Noite em 67” e “Diário da Dilma”.

Ricardo Calil
Diretor de “Uma Noite em 67”, ao lado de Renato Terra, é formado em jornalismo pela ECA-USP, em São Paulo, com extensão universitária em cinema na New School for Social Research de Nova York. Trabalhou nas redações dos jornais “Folha de S. Paulo”, “Jornal da Tarde” e “Gazeta Mercantil”, nos portais UOL e iG e no site NoMínimo, e nas revistas “Trip” e “Bravo!”. Atualmente, é crítico de cinema da “Folha de S. Paulo”. É ainda coautor do livro “Uma Noite em 67”, que reúne as entrevistas feitas para o documentário.

Sinopse
Figura lendária da cultura brasileira, Carlos Imperial descobriu artistas como Roberto e Erasmo Carlos, Tim Maia, Wilson Simonal e Elis Regina. Compôs clássicos como “A Praça”, “Vem quente que eu estou fervendo”, “Mamãe passou açúcar em mim” e “Nem vem que não tem”. Ainda fez sucesso no teatro, na TV, no cinema e na política. Cafajeste, mentiroso e mulherengo assumido, Imperial criava factoides para promover seus lançamentos e conquistar espaço na mídia. Para ser fiel à pilantragem de seu personagem, "Eu Sou Carlos Imperial" mostra sua trajetória misturando verdades e mentiras, ficção e realidade, depoimentos documentais e outros encenados.

Eu Sou Carlos Imperial (DCP, Brasil, 90 min.)
Direção: Renato Terra e Ricardo Calil
Roteiro: Renato Terra, Ricardo Calil e Denilson Monteiro
Produção: Alexandre Rocha e Marcelo Pedrazzi
Produção Executiva: Carolina Benevides e Julio Carvana
Direção de Arte: Emily Pirmez
Som Direto: Valéria Ferro
Edição De Som e Mixagem: Gabriel Pinheiro
Direção de Fotografia: Jacques Cheuiche
Montagem: Jordana Berg, Edt.
Distribuição: Bretz Filmes


Informações para a Imprensa
ProCultura
11 3263.0197
Flávia Miranda – flavia@procultura.com.br

Claudia Sabbagk – claudia@procultura.com.br

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